Musicoterapia ajuda na recuperação de pacientes de hospital alagoano
Estratégia terapêutica é desenvolvida pelo Serviço de Psicologia e atende pacientes da ala de Saúde Mental.
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A musicoterapia é uma prática terapêutica que promove o bem-estar físico, emocional e mental. O uso de sons, melodias e instrumentos como ferramenta de tratamento tem comprovação científica, demonstrando que ritmo e harmonia podem aliviar dores emocionais, psicológicas e até mesmo físicas. Diante disso, o Serviço de Psicologia do Hospital Ib Gatto Falcão, em Rio Largo, tem aplicado essa prática não apenas na ala de saúde mental, mas, também, em outras áreas da unidade.
Supervisionada pela psicóloga Liziane Albuquerque, a equipe de psicologia tem obtido resultados muito satisfatórios com a aplicação da musicoterapia. Em alguns casos, já é possível observar a melhora no quadro clínico dos pacientes. A prática ocorre uma vez por semana na ala de saúde mental, mas está disponível para qualquer paciente internado que deseje participar desse momento de interação.
“A musicoterapia foi implantada em nossa unidade e já rendeu bons frutos. Desde então, podemos notar um ambiente mais descontraído, onde os pacientes se encontram, conversam e interagem, diminuindo o desgaste emocional durante o período de internação”, afirmou a psicóloga Liziane Albuquerque.
A cura através da música
A musicoterapia tem raízes antigas. Seus benefícios incluem a redução do estresse e da ansiedade, o estímulo à memória e à cognição, o aprimoramento da comunicação e da expressão emocional, além da reabilitação motora e neurológica, promovendo bem-estar e qualidade de vida.
De acordo com a psicóloga Glaucyellem Keilla, a musicoterapia pode ser aplicada de duas formas. A receptiva, na qual o paciente escuta músicas estrategicamente selecionadas para estimular emoções, memórias ou relaxamento, e ativa, quando o paciente participa do processo musical, cantando ou tocando instrumentos, favorecendo a expressão e a interação social.
No Hospital Ib Gatto Falcão, a abordagem mais utilizada pelos psicólogos é a ativa, na qual os próprios pacientes sugerem músicas, cantam e interagem, encontrando conforto e alívio durante o período de internação. “Trazemos a música como forma de acolhimento para a ala de saúde mental e clínica médica, com o objetivo de proporcionar alegria, amenizar tristezas e dores, além de tornar o ambiente hospitalar mais humanizado e acolhedor”, destacou Glaucyellem Keilla.
Ela ressaltou ainda que cada sessão é adaptada às necessidades individuais dos pacientes, e a escolha das músicas pode variar conforme as avaliações médicas. Nos pacientes internados na ala de Saúde Mental, a musicoterapia auxilia no tratamento da depressão, da ansiedade e de transtornos do espectro autista. Já nos demais pacientes, contribui para amenizar dores e desconfortos, especialmente em casos de oncologia, cuidados paliativos e internações prolongadas.
“A musicoterapia é uma ferramenta poderosa que transforma e salva vidas. Seu impacto positivo vem sendo cada vez mais reconhecido, consolidando-se como uma abordagem eficaz em diversos tratamentos. Seja para relaxamento ou reabilitação, a música se mostra um remédio universal para o corpo e a alma”, pontuou Glaucyellem Keilla.
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