Cineasta Cacá Diegues morre aos 84 anos
Cineasta alagoano foi um dos fundadores do Cinema Novo e deixa um legado inestimável para o cinema brasileiro
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Morreu na madrugada desta sexta-feira (14) o cineasta alagoano Cacá Diegues, um dos nomes mais importantes do cinema brasileiro e um dos fundadores do Cinema Novo. Ele tinha 84 anos e faleceu devido a complicações em uma cirurgia.
Nascido em Maceió, no dia 19 de maio de 1940, Carlos José Fontes Diegues se mudou para o Rio de Janeiro ainda criança, onde cresceu e se consolidou como um dos cineastas mais influentes do país. Ao lado de Glauber Rocha, Leon Hirszman, Paulo César Saraceni e outros nomes, foi um dos responsáveis por transformar o cinema nacional com uma nova abordagem.
Ao longo de sua carreira, Diegues dirigiu mais de 20 filmes de longa-metragem, entre eles “Xica da Silva” (1976), “Bye Bye Brasil” (1980), “Tieta do Agreste” (1995) e “Deus é Brasileiro” (2003). Sua obra sempre refletiu a cultura, as contradições e a riqueza do Brasil, sendo reconhecida dentro e fora do país.
Seu último filme, “Deus Ainda é Brasileiro”, foi gravado inteiramente em Alagoas, com apoio do Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult), e tem estreia prevista para outubro de 2025.
A secretária de Estado da Cultura e Economia Criativa de Alagoas, Mellina Freitas, lamentou a perda do cineasta.
“É um dia muito triste para o cinema brasileiro e, especialmente, para nós, alagoanos. Cacá Diegues foi um verdadeiro gênio, um mestre que soube contar as histórias do Brasil e de Alagoas com sensibilidade e paixão. Seu talento nos encheu de orgulho e levou nossa cultura para o mundo. Perdemos um grande artista, mas seu legado seguirá vivo em cada cena, em cada filme, em cada história que ele nos deixou”, destacou.
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