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A semana começou com serviço ordinário de rotina para a equipe da Guarnição Solo 02, pertencente ao 4º Batalhão de Polícia Militar (BPM). Parecia um dia como tantos outros, porém, ao assumir o policiamento ostensivo, o sargento Ubirajara de Souza, o cabo Antônio Filho e a soldado Eliza Ribeiro não imaginaram que, durante a noite, viveriam uma experiência extremamente incomum em suas carreiras, na qual, em um ato de agilidade e heroísmo, iriam auxiliar a chegada de uma nova vida ao mundo.

O fato ocorreu por volta das 21h de segunda-feira (20), enquanto realizavam patrulhamento pela Avenida Durval de Góes Monteiro, no Tabuleiro do Martins, em Maceió. Um casal visivelmente em pânico pediu socorro aos policiais. A mulher, gestante, estava com fortes contrações, indicando o início do trabalho de parto.

Prontamente, sobretudo por se tratar de uma das vias mais movimentadas da capital, a equipe se dispôs a servir como batedores no percurso, liberando o trânsito para que o carro do casal passasse em segurança até o Hospital da Mulher, no bairro Poço.

No trajeto, nas imediações de um posto de combustíveis no bairro Farol, o carro onde seguia a parturiente parou. O pequeno tinha pressa de vir ao mundo, e a cabeça já estava visível. Ali mesmo, no posto, a equipe iniciou o atendimento inicial. Ao ser retirada, a criança não estava chorando e sua pele apresentava um aspecto azulado. O cordão umbilical estava preso ao pescoço. Foi realizada uma manobra na tentativa de provocar alguma reação na criança, mas sem êxito.

Os militares buscaram retirar o cordão umbilical do pescoço com segurança para que não rompesse de forma incorreta ou causasse qualquer risco, evitando também machucar o pescoço do recém-nascido e prevenindo uma possível infecção. Feito isso, o recém-nascido conseguiu respirar e, enfim, chorou. A família agradeceu ao gesto nobre dos militares que contribuíram decisivamente para o nascimento de Darlan. 

O comandante da equipe, sargento Ubirajara, fez um relato sobre o ocorrido: “Desde que entrei na corporação, em 2010, a gente sempre atende todo tipo de ocorrência, mas nunca esperamos enfrentar uma situação como essa, especialmente o nascimento de uma criança. Normalmente, lidamos com conduções ou o pessoal pede ajuda para transportar alguém. Sempre chegamos a tempo, ou a pessoa já está sendo atendida pela ambulância, mas nunca imaginamos que precisaríamos participar de um parto”.

A guarnição informou o fato ao Centro de Operações (Copom), mas, devido à delicadeza da situação, era preciso correr contra o tempo, não sendo possível esperar a chegada de uma ambulância para atendimento especializado. Mãe e bebê foram socorridos ao Hospital da Mulher, onde receberam os cuidados médicos necessários. Certos de que ambos estavam bem, a equipe retornou à sua área de atuação, com a sensação de dever cumprido, o coração grato e mais uma memória para se orgulhar. 

“Foi uma experiência nova e emocionante, especialmente por ter ajudado a trazer uma vida ao mundo, e nas condições em que aconteceu. O ambiente e a situação tornaram o momento ainda mais marcante. Mas isso faz parte do nosso trabalho. Nem toda ocorrência é igual, mas, felizmente, tudo deu certo. Conseguimos prestar o primeiro socorro à mãe e, principalmente, retirar o cordão umbilical que estava sufocando a criança, permitindo que ela respirasse’, finalizou o sargento.

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