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  • Santana do Ipanema, 17/09/2024
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Mercado de flores e plantas movimenta cerca de R$ 19,9 bilhões no PIB

97,5% da produção brasileira ficam no mercado interno. Alagoas participa deste processo com o cultivo de flores e folhagens tropicais

Fotos: Divulgação
Mercado de flores e plantas movimenta cerca de R$ 19,9 bilhões no PIB
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Setembro, o mês da primavera, já iniciou celebrando o Dia do Florista, no último dia 2. Esta é a segunda data escolhida pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL) para ilustrar a campanha digital “Empreendimentos que enriquecem cidades”.

O segmento vai além da leveza das formas, cores e aromas e vem marcando presença na economia: com 15.600 hectares, a produção brasileira de flores e plantas representa 8% do cultivo mundial e 97,5% destinam-se ao consumo nacional, gerando, entre a produção e a comercialização, cerca de 800 mil empregos indiretos e 272 mil empregos diretos. Os dados são do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor) e foram divulgados no início deste ano.

Alagoas, juntamente com Pernambuco, Rio Grande do Norte e Bahia, contribui para este processo com o cultivo de flores e folhagens tropicais. Em todo país, são cerca de 680 empresas atacadistas neste mercado e mais de 25 mil pontos de vendas, gerando, em 2023, um PIB de aproximadamente R$ 19,9 bilhões. Deste valor, as floriculturas foram responsáveis pela movimentação de pouco mais de R$ 3,3 bilhões, o equivalente a 17% do consumo interno.

Florista, artista floral, decoradora e empreendedora, Ana Paula Ayres faz parte desta estatística. À frente da Flora Brasilis, em uma das avenidas mais movimentadas de Maceió, ela cresceu em meio ao jardim do avô e à floricultura da mãe, fazendo surgir o amor pela natureza e, como ela destaca, “a vontade de levar carinho em forma de flores”. Mas engana-se quem acha que, com estas referências, o caminho para empreender não tenha trazido desafios. A floricultura já consolidada localizava-se no bairro do Pinheiro e, com o afundamento do solo, precisou migrar de local. Apesar da mudança inesperada, a empresa seguiu firme e cresceu.


A maior parte das flores comercializadas em sua loja vem de Holambra (SP), mas a empreendedora também tem fornecedores do interior alagoano, com destaque para Maribondo e Mar Vermelho, e do estado do Ceará.

Apesar da diversidade de espécies, as tradicionais rosas vermelhas ainda são as campeãs, mas, de vez em quando, disputam a preferência com as caixinhas com flores e bombons. E com a atenção de quem acompanha a mudança do público, Ana Paula busca se atualizar em workshops, feira e congressos, bem como investe em atendimento e logística.

“Essa mudança de comportamento sempre ocorre de tempos em tempos. Hoje, o maior desafio é entender o cliente dentro das redes sociais e atendimentos online, pois as pessoas desejam eficiência e qualidade quando vão comprar”, afirma.

Capital de giro e planejamento

Quem deseja empreender na área deve ter em mente que é um mercado delicado porque envolve o cultivo e sazonalidade das flores e plantas, mas nada que um bom planejamento não resolva, conforme orienta o economista e instrutor do Senac Alagoas, Renan Laurentino.

“É um mercado que exige um bom capital de giro e um bom planejamento porque você vai precisar de uma câmara fria para manter as flores por mais tempo, por exemplo. Precisa de uma estrutura mais dinâmica com um bom ponto físico que fique nas proximidades onde as coisas acontecem e ter diversidade com flores mais comuns e flores diferentes. A logística também é importante”, aconselha, principalmente considerando a concorrência, pois além de outras floriculturas e lojas especializadas de jardinagem existem as sessões deste segmento em supermercados e lojas de departamentos.

Considerar os custos com os insumos e produtos com durabilidade um pouco maior, a exemplo das flores tropicais, bem como estar atento às datas sazonais e a eventos e festas que demandem ornamentação são algumas das estratégias para negócios neste segmento, que ainda pode incluir a venda de pétalas congeladas em sacos de dois ou três quilos para usar em cerimônias, uma forma de prolongar o tempo de vida do produto e aumentar a lucratividade.

Escolher um nicho do mercado também pode fazer o diferencial. “Tem que ser criativo e achar um nicho mais adequado. Trabalhar, por exemplo, só com eventos permite ao empreendedor atuar sob demanda, comprando flores mediante os eventos com datas bem agendadas e, com isso, conseguindo preços melhores”, avalia Renan, acrescentando que ainda existem as floriculturas mais voltadas à área funerária que funcionam bem porque não requerem flores mais arrojadas, diminuindo o investimento. 

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