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  • Santana do Ipanema, 16/11/2024
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Fábio Campos

QUEM ME LEVARÁ SOU EU...

Foto: jcomp / Freepik
QUEM ME LEVARÁ SOU EU...

Não sei se acontece com o caro leitor e leitora. A impressão de que com a aproximação do fim do ano, ocorra um aumento na quantidade de pessoas partindo para a eternidade. Partem deixando uma lacuna imensa na vida dos que ficam. Amigos, parentes, famosos, e mesmo desconhecidos.

Talvez isso não passe de impressão. E que ao longo do ano, com igual intensidade, muitos nos deixam. Muito provável é que, ficamos mais emotivos, mais sensíveis, com a proximidade das festas natalinas e de final de ano. Esta semana, em meio a uma reflexão sobre a brevidade da vida, com a perda de minha cunhada Marleny, também uma colega de trabalho, ouvi de um colega esta frase de efeito: “Viver, é diferente de estar vivo.” Isso muito nos ajudaria a refletir, e entender que nunca devemos nos deter com coisas pequenas. Nem colocar dificuldades onde se espera atitude.

“Quem me levará sou eu”, música de Raimundo Fagner veio ecoar nos meus pensamentos. Logo nos primeiros versos diz: “Amigos a gente encontra o mundo não é só aqui/ Repare naquela estrada/ Que distância nos levará?” Noutro trecho diz: “Passar como passa os dias/ Se o calendário acabar...”

Curiosidade aguçada: Qual a origem da palavra calendário? “Os romanos não davam nome apenas para os meses, mas também para alguns dias especiais. O primeiro de cada mês se chamava “Calendae” [do Latim] significava “Dia de pagar as Contas”. Daí a origem da palavra “Calendário”: Livro de Contas.”. Interessante também a origem dos nomes dos meses do ano, vem de deuses mitológicos, imperadores e números em Latim. Janeiro vem de “Janus”, deus romano que era representado com dois rostos, um que olhava para o passado, e outro para o futuro;  Fevereiro vem de “Februa” festa da purificação; Março vem de “Martius” {Latim] deus da guerra, em português Marte; Abril do Latim “Aperire” significa abrir, referindo-se a primavera do hemisfério norte; Junho vem de “Juno” deusa do casal e da fertilidade; Julho e Agosto homenageiam dois imperadores romanos: Julio Cesar e Augusto Otávio. Setembro; Outubro, novembro e Dezembro vêm dos números, sete, oito, nove e dez em Latim: Septembrum; Octobrum; Novembrum e Decembrum. Isso porque o primeiro calendário romano tinha apenas dez meses. 

Expressões populares sempre dão margem para mais de uma interpretação. Vi um colega comentar num grupo de Wathsapp que ia “Bater a bucha” com outro colega. Fui à busca da origem dessa expressão, aqui na rede mundial de computadores. Encontrei que vem do início do século vinte, mais precisamente do carnaval baiano, onde foliões atrevidos beliscavam o bumbum das baianas. Ora, aqui no sertão todos nós sabemos que essa expressão vem do conhecido ato de socar um pedaço de bucha na velha espingarda “soca tempero”. No caso de episódio etílico, uma referência a tomar umas cervejas por cima de umas doses de cachaça.

No aplicativo Instagram vi um sujeito desdizendo sobre o popular significado da expressão: “Sem Eira nem Beira”, que na verdade não era dos beirais do telhado, que se estava falando, mas do terreiro, ou terreno cimentado existente nas frentes das casas da fazenda no período colonial.  Noutra crônica recente trouxemos o significado de “Ouvido de Mercador”. Aí apareceu alguém aqui na internet, dizendo que a expressão vem na verdade  de “Ouvido de Marcador”, referindo-se aos homens que marcavam os escravos igual se marca gado no sertão, com ferro quente. E que “Fazer ouvido de Marcador” era ser insensível aos berros dos pobres escravos. Quem não lembra daquela parlenda: “Hoje é domingo pé de cachimbo, o cachimbo é de ouro bate no touro...” Então descobri 50 e tantos anos depois que sempre recitei a parlenda, errado,  o certo é: Hoje é domingo pede cachimbo. 

EXPRESSÕES DA Língua Portuguesa que muitos pronunciam erroneamente, a exemplo de: “Tinha chego”, o correto é: “Tinha chegado”; Parteleira, o correto é: prateleira; perca de tempo, o correto é: perda de tempo; Rezistro, o correto é: registro; Seje, o correto é: seja; mortandela, o correto é: mortadela. E por aí vai.

Sobre a nova Placa de carro, padrão MERCOSUL. Fiquei curioso pra saber diferenciar entre o número zero e a letra “O” do alfabeto. A letra aparece “inteira”, já o número é representado com uma pequena abertura no lado direito superior [de quem olha]. As placas antigas possuem 3 letras e 4 números. A placa MERCOSUL possui a mesma quantidade de caracteres, sendo 3 letras iniciais, 1 número e uma letra central e 2 números finais. No site consultaplaca.com.br explica tudo. Inclusive como fazer a conversão.

UM POUCO DE HUMOR PRA ENCERRAR

JOÃOZINHO E A ATIVIDADE DE RELIGIÃO
Complete com as Letras que Faltam:  
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É COMO DIZ...

MAIS PERDIDO que SURDO em Bingo!
MAIS INÚTIL que Bolacha Dura em BOCA de VÉIO!
MAIS POR FORA que Cotovelo de Motorista de Caminhão!
MAIS ENFEITADO que Carroça de CIGANO!
MAIS ASSUSTADO que Cachorro em dia de TROVÃO!

OUTRAS DE ZÉ FARIAS
Lá vinha Zé Farias do Posto de Fiscalização de Ouro Branco. Ao passar em Maravilha, um amigo que estava na praça aguardando uma carona, grita:
-Zé Farias vai pra Santana?
-Vou. 
E sem parar o carro o fiscal de renda foi embora.
Noutro dia os dois se encontram no Bar da Pitú. E o amigo indaga:
-Ôxe! Zé! Por que tu num parou pra me dar carona naquele dia em Maravilha?
-Você só perguntou se eu vinha pra Santana. E eu disse o que? Sim.
Outro dia, dois matutos conversavam sobre a data do casamento entre seu filho e a filha do compadre:
-Ói, Cumpade! Meu fio vai casá cum sua fia. Quanto a isso não se preocupe! Pro quê o único defeito que meu fio tem é ser pobre!
Aí Zé Farias que ouvia a conversa desatou:
-Ôxe! E tem defeito pior do que esse?


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