Fórum reuniu inúmeros gestores de Meio Ambiente do Estado.

O dia 23 de abril de 2025 entra para a história da política ambiental de Alagoas. Em Arapiraca, foi realizado o I Encontro de Secretários(as) Municipais de Meio Ambiente do estado, ocasião em que foi oficialmente criado o Fórum Alagoano de Secretarias Municipais de Meio Ambiente. O evento foi o resultado de uma construção coletiva que começou ainda em fevereiro deste ano, quando cinco gestores públicos municipais, que atuam em secretarias de meio ambiente, se reuniram com o propósito de articular uma instância permanente de diálogo, cooperação e fortalecimento institucional das pastas ambientais nos municípios alagoanos.

A partir dessa primeira articulação, foi formada uma comissão que passou a se reunir com frequência, traçando estratégias e desenhando, com muito cuidado, cada passo para a consolidação do Fórum. A proposta não nasceu de cima para baixo, nem como imposição de nenhum ente externo. Pelo contrário, foi um movimento orgânico, motivado pela urgência de unir forças diante dos desafios comuns enfrentados pelas gestões municipais no campo ambiental.

A comissão entendeu, desde o início, que o sucesso dessa iniciativa dependeria da mobilização ampla dos municípios. Assim, foi criado um grupo de WhatsApp para reunir os secretários e demais gestores ambientais. Com muito empenho e dedicação, a rede foi se ampliando e alcançou mais de 80 municípios de Alagoas. Aos poucos, a ideia do Fórum foi sendo apresentada e ajustada, sempre com o cuidado de não apressar etapas e garantir o envolvimento real dos participantes.

Quando a proposta estava madura, definiu-se a realização do primeiro encontro presencial. A cidade de Arapiraca foi escolhida como sede e o dia 23 de abril foi marcado para o momento decisivo. O evento contou com a presença de 80 pessoas, representando 42 municípios alagoanos. A participação foi considerada um marco expressivo, sobretudo por se tratar de uma convocação feita exclusivamente por meio digital, sem apoio institucional de órgãos estaduais ou federais.

Durante o encontro, a comissão organizadora apresentou a proposta de criação do Fórum, que foi acolhida com entusiasmo pelos presentes. Também foi realizada a eleição da diretoria provisória, que terá um mandato de um ano para estruturar formalmente a entidade, garantir a participação dos 102 municípios, levantar as principais demandas das secretarias e elaborar um plano de ação conjunto. A diretoria eleita por unanimidade tem como presidente Reginaldo Silva de Souza, secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Inhapi; vice-presidente Amaro José da Silva (Aurino), Secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Ibateguara; tesoureiro Marco Antônio Diniz do Nascimento, Secretário de Meio Ambiente de Delmiro Gouveia; primeiro secretário Fábio Igo Leite Pereira, Diretor do Sistema de Gestão Ambiental e Proteção ao Meio Ambiente de Santana do Ipanema; e segundo secretário Fellipe Eduardo Soares Souza Barbosa, Superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Arapiraca.

O Fórum nasce da compreensão de que os municípios precisam estar articulados para fortalecer suas políticas ambientais, ampliar sua representatividade junto ao Governo do Estado e à União e encontrar, juntos, soluções para os desafios que enfrentam. A proposta é criar um espaço permanente de construção coletiva, de intercâmbio técnico, de formação continuada e de fortalecimento institucional das secretarias municipais de Meio Ambiente. Entre as metas da diretoria provisória estão a elaboração do estatuto e do regimento interno, a criação de uma associação formal, a aproximação com o Ministério do Meio Ambiente, a SEMARH e outros órgãos ambientais, além da organização das cinco coordenações regionais que comporão a estrutura do Fórum: Sertão, Agreste, Zona da Mata, Litoral Sul e Litoral Norte.

O Fórum será uma instância de articulação política e técnica, de proposição de pautas conjuntas e de promoção de eventos e oficinas. Ele representa a força do municipalismo ambiental em Alagoas e inaugura uma nova etapa na gestão compartilhada das nossas riquezas naturais. Mais do que um espaço de encontros, é uma rede de cooperação ativa, onde cada município é parte essencial de um projeto maior. Juntos, os municípios alagoanos poderão ir mais longe, defender seus interesses coletivos e avançar com mais segurança e solidez na construção de um estado ambientalmente justo, sustentável e integrado.