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  • Santana do Ipanema, 21/02/2025
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Fábio Campos

DIA BRANCO

Algumas coisas que vi, e ouvi ao longo das últimas semanas levaram-me a abordar este outro tema nesta crônica.


DIA BRANCO Foto: wirestock / Freepik

Tem dias que são assim, meio down. Em dias como estes, admiro o cheiro do sol, o cantar das nuvens, as cores plúmbeas dos meus pensamentos. Ouço minha mãe, sentada na sua poltrona favorita dizendo: A mancha da água da chuva formou na parede, um elefante... uma árvore... um homem de capote. E isso me fazia lembrar o mestre Leonardo Da Vinci.

“Sinestesia é uma figura de linguagem associada com a mistura de sensações relacionadas aos sentidos: tato, audição, olfato, paladar e visão. Essa figura de linguagem estabelece uma relação entre planos sensoriais diferentes. Muito usada em diversos textos poéticos, inclusive pelos escritores no movimento Simbolista. Fonte: by Daniela Diana professora licenciada em Letras todamateria.com.br” 

“Insônia roxa/ A luz a virgular-se em medo/ O aroma endoideceu, upou-se em cor, quebrou/ Gritam-me sons de perfume. Mário de Sá-Carneiro. Poeta Português [1890-1916]”

Confesso, pra mim foi novidade, descobrir que a sinestesia é também termo da área da medicina. Condição neurológica, não é doença, geralmente tem origem genética. Estímulo neurológico cognitivo ou sensorial, espécie de confusão mental, faz com que o indivíduo ouça cores e sinta sons. 

“Efemeridade é um conceito que se refere à natureza transitória, fugaz e passageira das coisas. É a característica de algo que é temporário, que dura por um curto período de tempo e logo desaparece. A palavra tem origem no termo grego “ephemeros” que significa “de um dia”. 

Algumas coisas que vi, e ouvi ao longo das últimas semanas levaram-me a abordar este outro tema nesta crônica. Especificamente nas redes sociais, campo fértil do que é efêmero, e tão presente ultimamente em nossas vidas. Uma moça, da qual sequer gravei o nome afirmava: “Cientista afirmam... [e questionava]  Que cientistas? Pesquisas comprovam... [e argumentava] Que pesquisas? Afinal por que temos a tendência em acreditar em tudo que vemos e ouvimos aqui. Pior, compartilhamos esse tipo de informação sem questionar.” 

Junto a definição à cima de efemeridade, também havia 10 exemplos, citando as flores para a transitoriedade da Vida; a Fama no mundo do entretenimento; a Beleza da juventude; a Moda e os modismos; o Sucesso; a Alegria; as estações do ano, na mudança da Natureza; a Felicidade; as Relações Humanas, se não houver laços genuínos; as Palavras são efêmeras, porém suas consequências são eternas.

E concluía dizendo, “Ela [a efemeridade] reflete a velocidade das mudanças e a busca constante por novidades. Ao compreendê-la e aceitá-la podemos aproveitar o momento presente e cultivar a capacidade de adaptação, encontrando um equilíbrio entre o efêmero e o duradouro.”

Parece até que misturei as coisas, ao citar a qualidade do que é efêmero, e a capacidade, ou falta dela, de questionar sobre determinados temas abordados nas redes de internet. No entanto tem tudo a ver, pois acreditar em tudo que se ouve sem questionar indica certo grau de transitoriedade.  

Nos dez exemplos à cima, daquilo que é efêmero, propositadamente coloquei por último a palavra. Também aqui na rede, um rapaz afirmava que nada do vemos ou ouvimos é real. Tudo não passaria de fótons [luz] e elétrons [energia] se arranjando e rearranjando a impressionar nossos olhos e ouvidos.

Um dia, ainda farei uma crônica que só precisarei dizer coisas efêmeras. E que estudos revelados por mim mesmo, indicam que lavar a louça do almoço faz tanto bem, quanto abraçar alguém de quem temos saudade. E que tomar um copo d’água pode ser tão prazeroso quanto ouvir uma sonata de Vivaldi. Abrir uma porta, sentir a brisa no rosto pode nos trazer a sensação de liberdade. Olhar através da janela tem o poder de nos trazer paz, como a de observar um quadro de Salvador Dali. E enxergar o rosto do Salvador, dali. 

P.S. Dedico esta crônica a Alceu Valença, e Geraldo Azevedo.

UM POUCO DE HUMOR PRA ENCERRAR

Concurso de MARCHINHAS DE CARNAVAL/2025 EM BH, Títulos Já Inscritos:

PERDÍ MEU MARIDO PRA BET (Lívia Itabiratti)

CHUPÊ TINHA (Bobo da Cuíca)

A TIA TERRORISTA (Daniel Zezé Correa)

MINHOCA MECÂNICA (Cantacaixero)


CHARGES DE CARNAVAL/2025

UM LARÁPIO ATACA UM CIDADÃO 

CANTANDO:

Vou ROUBAR-TE Agora Não me Leve a Mal Hoje é Carnaval!


DOIS COLEGAS DE TRABALHO, SE ENCONTRANDO NO CARNAVAL:

-Pôxa, Alfredo! Ficou Legal sua Fantasia de MENDIGO.

-Não estou fantasiado. É Minha Atual Situação!


DOIS AMIGOS SE ENCONTRAM, NO TERCEIRO DIA DE FOLIA:

-E Aí Carlos! A Cara de Tristeza é por que o Carnaval Tá Acabando?

-Não. É porque meu SALÁRIO Já Acabou!



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