Publicidade
  • Santana do Ipanema, 18/12/2024
  • A +
  • A -

Quitéria Souza

A mulher brasileira na arena politica alagoana

Como ficou o cenário das prefeituras alagoanas, em especial, das sertanejas após o resultado das urnas em 2024.

Fotos: Reprodução / Redes Sociais
A mulher brasileira na arena politica alagoana Da esquerda para direita, de cima para baixo: Leonor, Nayara, Ubiratânia, Fal, Ziane, Socorrinho, Josélia, Denyse e Rosa.

A presença das mulheres na política sempre gera muita discussão. Os registros ainda são vistos como números ou completar chapa, além dos comentários que a mulher não recebe apoio dos homens na política.

Num breve retrospecto, podemos perceber que a primeira mullher que conquistou o título de eleitor no Brasil foi Celina Guimarães. Em 25 de outubro de 1927, no Rio Grande do Norte, foi expedida uma legislação onde qualquer pessoa poderia votar sem distinção de sexo. O marido de Celina deu entrada no documento e este ficou pronto em 24 horas.

Celina foi a primeira mulher a ter um título de eleitor. Questionada, quais foram as lutas para conseguir o documento, ela exaltou seu companheiro e disse que tudo foi obra dele e que não fez nada. "Tudo foi obra do meu marido que se empolgou com a campanha e tirou meu título, nunca pensei que assinando aquela ficha entraria para a história“.

E apesar de muitos ainda questionarem a participação feminina, observa-se um cada dia mais o aumento significativo da mulher na política. Em 2022 houve um crescimento de 18% em comparado a 2018 na bancada federal, já nas assembleias legislativas nas eleições de 2022, o número de deputadas estaduais cresceu de 163 para 190 nas Assembleias Legislativas do país.

Anos se passaram e vários incentivos foram criados para instigar a participação da mulher na politica. Em 1997, a Lei das Eleições (Lei nº 9.504) passou a prever a reserva de vagas para a participação das mulheres nos cargos proporcionais.

A Lei n° 12.034 (primeira minirreforma eleitoral), aprovada em 2009, criou uma cota de 30% de candidaturas para mulheres. A norma obrigava que as candidaturas aos cargos proporcionais – deputado federal, estadual ou distrital e vereador.

Nas eleições de 2024, de acordo com a CNM, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) 724 munícipios serão administrados por mulheres e em muitos municípios as prefeitas elegeram seus sucessores.

Ainda falando da expansão, pega-se como exemplo o nosso estado de Alagoas que elegeu 24 prefeitas. O sertão alagoano, no ano de 2024, elegeu (e algumas reelegeram) 9 mulheres para o cargo majoritário são elas:

Monteirópolis: Leonor Monteiro (MDB), com 2.863 votos (57,92%)
Água Branca: Nayara (PP), com 9.227 votos (78,03%)
Carneiros: Ubiratania Santana (MDB), com 4.002 votos (67,29%)
Mata Grande: Fal Farias (MDB), com 7.728 votos (53,97%)
Delmiro Gouveia: Ziane Costa (MDB), com 24.620 votos (83,31%)
Jacaré dos Homens: Socorrinho (MDB), com 2.574 votos (56,95%)
Canapi: Josélia Irmã de Zé Hermes (PP), com 7.399 votos (61,55%)
Ouro Branco: Denyse Siqueira (PP), com 5.480 votos (67,21%)
Dois Riachos: Rosa Camilo (MDB), com 4.287 votos (58,85%)

Ainda neste cenário destaca-se as prefeitas Cristiane Bulhões e Jeane Moura que elegeram seus sucessores.

Vale destacar que o número de mulheres participando ativamente da política ainda é relativamente pequeno. Precisamos ter mais mulheres que apareçam nesse cenário e encarem a política partidária como algo necessário e indispensável no movimento de mudança e equilíbrio social.



LEIA TAMBÉM

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.